BATISMO NAS ÁGUAS
MATEUS 28. 19
Muito se tem falado e discutido com relação ao BATISMO NAS ÁGUAS, assunto que tem servido de muita controvérsia em várias ocasiões. Os exegetas têm procurado dar ao assunto em epígrafe, suas próprias opiniões, pensamentos, pontos de vista. Ao prepararmos este estudo, temos a intenção apenas de apresentar aos que porventura venham a ler este trabalho, um estudo baseado apenas na Bíblia e não no pensamento ou opinião desta ou daquela pessoa. Quando Jesus voltou ao seu Pai, depois da ressurreição, deixou duas ordenanças à sua Igreja:
1- O BATISMO em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo.
2- A SANTA CEIA.
1 – O batismo nas águas é um mandamento.
a- Para o povo de Deus – Mt 28. 19 – Mc 16. 16
b- Não é coisa facultativa, mas é do Senhor, é mandamento.
c- Não é mandamento duro, pois se de fato nós amamos a Jesus com alegria, entraremos nas águas do batismo.
d- Sendo batizados, demonstramos pública e claramente a nossa fé em Jesus e o nosso desejo de segui-lo para sempre.
e- Jesus cumpriu toda justiça quando foi batizado no Jordão – Mt 3. 15
2 – No livro de Atos temos provas do batismo nas igrejas cristãs.
a- No dia de Pentecostes, após a palavra entregue por Pedro – 2. 38-41
b- Filipe batizou o Eunuco que acabara de crer – 8. 36-39
c- Pedro ordenou a Cornélio e aos que estavam em sua casa, que fossem batizados – 10. 47- 48
d- Da mesma maneira Paulo batizou aos da casa do carcereiro, na mesma ocasião em que creram incontinentemente – 16. 36
e- Paulo em 22. 16 testifica, como Ananias o mandou levantar-se e receber o batismo nas águas.
3 – Batismo nas águas é a entrada visível na Igreja de Deus.
a- No dia de Pentecostes ingressaram na Igreja quase três mil pessoas – At 2. 41.
b- A fé em Cristo como único salvador, admite a pessoa no reino de Deus. O batismo nas águas admite a pessoa na igreja visível, terreal, local. Assim se procede universalmente.
4 – O que significa o batismo?
a- Cristo ao ser batizado no Jordão identificou-se com a humanidade.
b- O crente ao ser batizado identifica-se com Cristo. Essa identificação divide-se em três partes:
1- Na sua morte – Pelo ato de sermos descidos às águas do batismo, publicamente declaramos que Cristo morreu em nosso lugar. Condenamos, portanto a velha natureza, o velho “ego”. Rm 6. 3 – 6.6
2- No seu sepultamento – Como o crente se identifica com a morte de Jesus ao ser batizado, assim ele se une no sepultamento de Cristo ao ser momentaneamente sepultado nas águas. Assim como o cadáver pede sepultamento, convém sepultar (ou por fora de vista) o velho homem. Rm 6. 4
3- Na sua ressurreição – O ato de sair das águas batismais é o símbolo que Jesus escolheu para nos identificar com a sua gloriosa ressurreição. É um memorial perpétuo daquela esplêndida manhã, quando as barras da morte não puderam mais conter o Senhor Jesus. Rm 6. 4-6 – 8. 9 – Gl 3. 27
5 – A forma de batismo.
a- A forma deve ser a recomendada pela Bíblia – Mt 28. 19
b- Deste modo o batizado testifica que foi imerso em comunhão com Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo – II CO 13.13
c- É um grande privilégio um miserável pecador achar o perdão e identificação com a Santa Trindade. “A Graça do Senhor Jesus Cristo, o Amor de Deus e a Comunhão do Espírito Santo seja com todos vós”.
Nota 1 – Alguns têm achado difícil conciliar esta fórmula com atos 2.3 que diz: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus”. Em atos 8. 16 – 10. 48 – 19. 5 lemos também “em nome de Jesus”...
Baseando-se nesses versículos, surgiu nos Estados Unidos uma seita que rejeitou o batismo em nome da Trindade, rebatizando todos os seus adeptos em nome apenas de Jesus, chegando até a rejeitar e a negar a existência da Trindade. Toda dificuldade na interpretação desses versículos em conexão com a forma real de Mateus 28. 19 desaparece; quando nos lembramos que estes casos de atos não representam uma fórmula, mas uma expressão maravilhosa de evidente demonstração da autoridade de Jesus. Pelo batismo os crentes demonstram sua fé nele, reconhecendo sua autoridade e sua obra como Messias. É fora de discussão que nesses casos, a forma usada, foi a de Mateus 28. 19. Não há contradição alguma, simplesmente aceitamos o que está escrito, isto é, sob a autoridade de Jesus, recebemos o batismo em nome da Trindade. Calvino expressou-se de forma maravilhosa dizendo: “... sendo que por meio de Jesus temos a misericórdia do Pai com a graça do Espírito Santo, é muito justo que façamos dele (Jesus) o especial objeto no ponto de vista do batismo. Mas ao mesmo tempo isto não quer dizer que excluímos o nome do Pai e do Espírito Santo. Quando nos referimos de uma forma lacônica, mencionamos somente o nome de Jesus, mas se queremos falar mais minuciosamente, expressamente incluímos o nome do PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO...”
6 – Quem deve receber o batismo.
a- Todos que sinceramente confessaram o nome de Jesus como Salvador. At 22. 16 – 16. 33 – 10. 47-48
b- Os que já deixaram todo mundanismo – os que dão bons frutos pela vida nova em Jesus, deixando as coisas velhas como bailes, bebidas alcoólicas, jogos de azar e outros, vestes despudoradas, drogas, prostituição e outros afins.
Nota 2: Os que vivem amancebados (amigados). Aqueles que são casados apenas no clero, devem legalizar seu estado civil, casando-se de acordo com a lei, estando assim aptos para o ato solene do batismo nas águas.
7- Quem deve batizar (oficiar o batismo).
Aprendemos em nossas Igrejas, em reuniões de ministério e convencionais, que a responsabilidade de oficiar o ato batismal está a cargo dos Ministros (pastores e evangelistas) e de presbíteros quando estiverem ocupando a função pastoral.
Na Igreja primitiva, os apóstolos batizavam, conforme já citamos Paulo também realizou batismos e Filipe batizou ao Eunuco já na função de Evangelista e não mais com o diácono. Membros de Igrejas sem função Ministerial não devem realizar batismos.
8 – O modo do batismo – IMERSÃO – EFUSÃO – ASPERSÃO.
O costume universalmente no princípio era o de batizar aos crentes por imersão, sendo o corpo inteiro submerso na água. No século XIII com a mais extensa prática do batismo infantil, foi que o “batismo” por efusão ou aspersão encontrou bom ambiente para uma aceitação mais ou menos geral. O mais forte argumento a favor da efusão foi o de ser “mais conveniente”. Muitos achavam que a conveniência importava mais do que o mandamento do Senhor Jesus. A Igreja romana passou a adotar oficialmente a efusão, enquanto a Igreja ortodoxa conservou sempre a imersão. As maiores partes das Igrejas evangélicas que surgiram com a reforma de Lutero, conservam o batismo por aspersão. Temos, porém, muitas como Batistas, Assembléias de Deus, etc., que usam o modo CERTO, a IMERSÃO. Vamos considerar porque nós fazemos assim:
A PALAVRA “BATIZAR”.
BATIZAR e BATISMO são palavras de origem grega: “BAPTIZA” e “BAPISMA”. Segundo os melhores léxicos (dicionário grego), Thayer, Robinson, Wescott e outros, a palavra é um verbo que significa: submergir em, mergulhar, imergir num fluido. No grego clássico usava-se essa mesma palavra quando se falava a respeito de: Exemplos: (um navio que afundara... de algo atolado... de alguma coisa submersa). No Novo Testamento, usa-se a mesma palavra de lavar o corpo, jarros, vasos, copos, etc.. Marcos 7. 4 e Lucas 11. 38, e do rito de João Batista executar os batismos e Cristo, sedo usada (a palavra batismo) nas seguintes passagens do Novo Testamento: Mt 3. 6 – 11, 13, 14, 16; 28. 19; Mc 1. 4-5, 8-9; 16. 16; Lc 3. 7-12,21; 7. 29-30; Jo 1. 25-26, 28, 31, 33; 3. 22, 23, 26; 4. 1-2; 10. 40; At 1. 5; 2. 38, 41; 8. 12, 13, 16, 36, 38; 9. 18; 10. 47-48; 11. 16; 16. 15, 33; 18. 8; 19. 3.4, 5; 22. 16; Rm 6. 3-4; I Co 1. 13-17; 15. 29; Gl 3. 27.
Na versão Septuaginta (O Velho Testamento em grego), encontramos a palavra em II Rs 5. 14, onde Naamã mergulhou sete vezes no Jordão e em Isaías 21. 4 – compare-se com Sl 38. 4 -. Desta maneira a palavra grega “BAPTO” indica sempre submergir. No Novo Testamento é usada em João 13. 26 e Marcos 14. 20 (na ceia do Senhor o pão foi “Bapto”) em Lucas 16. 24 (onde o rico pediu que Lázaro molhasse – Bapto – em inglês e sueco traduzido “mergulhasse” a ponta de seu dedo) e em Apocalipse 19. 13 – Capas de Cristo imersas” – Bapto – no sangue.
A PALAVRA ASPERSÃO.
Consideremos que se o rito batismal fosse por “aspersão”, o Espírito Santo teria usado outra palavra grega – “rhantizo” (rhantos, rhaimo, rhantismo), que significa “aspergir e aspersão”. No Novo Testamento, nenhuma vez se usa em relação ao batismo nas águas esta última palavra, a qual, entretanto, é usada quando se fala de “aspersão” de sangue - Hb 9. 13, 19, 21; 12. 24; I Pe 1. 2 – comparado com I Jo 1. 7... quer o sangue de animais sacrificados sobre altares judaicos, quer o sangue de Jesus.
A PALAVRA EFUSÃO.
Se o batismo fosse por efusão, a palavra grega seria então “OKXEO” que significa: derramar, entregue a, entornar, efundir. Porém, não se usa essa palavra em conexão ao ato batismal e sim o seu uso limita-se ao derramamento de sangue, de dinheiro, de vinho, do Espírito Santo, de amor, de bênçãos, etc.. (Ap 16. 1-17 ; Jo 2. 15; Lc 11. 50; Rm 5.5; Hb 9. 12; Jd 11).
PARTE FINAL.
É aconselhável que moldemos nossas opiniões de acordo com a PALAVRA DE DEUS e não segundo os costumes de quem quer que seja, pois nem sempre concordam com a pura e perfeita vontade de Deus. Uma vez que temos a convicção, tenhamos também a coragem de levá-la à prática, evitando cair nos mesmos erros dos fariseus dos saduceus que se baseavam mais em tradições.
VEJA.
O catecismo da Ortodoxa Igreja Russa define o batismo como um sacramento no qual uma pessoa que crer é mergulhada na água, em nome da Trindade, morrendo para a vida carnal de pecado, nascendo de novo pelo Espírito Santo a uma vida nova e santa.
O padre Humberto Rhoden diz em sua tradução de Rm 6. 3: “Ignorais acaso, que todos nós, fomos submersos na água batismal em Cristo Jesus, fomos submersos em sua morte? Pelo que submersos no batismo da sua morte, fomos com ele sepultados”.
VEJA AINDA.
Existem muitos ainda dizendo que o batismo deve ser sempre efetuado num rio, pois Jesus foi batizado por João Batista no rio Jordão, e por esse motivo todos os seguidores de Jesus devem ser batizados em rios. Entendemos que aqueles que assim o fazem ou assim pregam, estão enganados, pois o batismo deve ser feito onde haja água. Em alguns locais ainda se realizam batismos nos rios, dada a conveniência que existe. Porém, em muitos outros que já alcançaram grande desenvolvimento, onde as águas dos rios são poluídas, isso não é possível, e os batismos são realizados em tanques construídos dentro dos templos, onde tudo é feito com decência e ordem.
CONCLUINDO.
Concluindo dizemos que o batismo nas águas, segundo a ordem de Jesus deve ser em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO, e lembramos que BATISMO, significa: IMERSÃO, MERGULHO. Que este nosso singelo estudo possa de alguma forma servir para despertar os novos convertidos a tomarem de modo certo o mais breve possível o passo glorioso de fé e testemunho, o BATISMO. Toda honra e toda gloria sejam dadas ao Senhor Jesus Cristo, eternamente.
Bibliografia:
Olson, N. Lawrence – “O que a Bíblia ensina sobre o batismo nas águas”.
Edição Revista e Atualizada da Bíblia.
Dicionário Bíblico
MATEUS 28. 19
Muito se tem falado e discutido com relação ao BATISMO NAS ÁGUAS, assunto que tem servido de muita controvérsia em várias ocasiões. Os exegetas têm procurado dar ao assunto em epígrafe, suas próprias opiniões, pensamentos, pontos de vista. Ao prepararmos este estudo, temos a intenção apenas de apresentar aos que porventura venham a ler este trabalho, um estudo baseado apenas na Bíblia e não no pensamento ou opinião desta ou daquela pessoa. Quando Jesus voltou ao seu Pai, depois da ressurreição, deixou duas ordenanças à sua Igreja:
1- O BATISMO em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo.
2- A SANTA CEIA.
1 – O batismo nas águas é um mandamento.
a- Para o povo de Deus – Mt 28. 19 – Mc 16. 16
b- Não é coisa facultativa, mas é do Senhor, é mandamento.
c- Não é mandamento duro, pois se de fato nós amamos a Jesus com alegria, entraremos nas águas do batismo.
d- Sendo batizados, demonstramos pública e claramente a nossa fé em Jesus e o nosso desejo de segui-lo para sempre.
e- Jesus cumpriu toda justiça quando foi batizado no Jordão – Mt 3. 15
2 – No livro de Atos temos provas do batismo nas igrejas cristãs.
a- No dia de Pentecostes, após a palavra entregue por Pedro – 2. 38-41
b- Filipe batizou o Eunuco que acabara de crer – 8. 36-39
c- Pedro ordenou a Cornélio e aos que estavam em sua casa, que fossem batizados – 10. 47- 48
d- Da mesma maneira Paulo batizou aos da casa do carcereiro, na mesma ocasião em que creram incontinentemente – 16. 36
e- Paulo em 22. 16 testifica, como Ananias o mandou levantar-se e receber o batismo nas águas.
3 – Batismo nas águas é a entrada visível na Igreja de Deus.
a- No dia de Pentecostes ingressaram na Igreja quase três mil pessoas – At 2. 41.
b- A fé em Cristo como único salvador, admite a pessoa no reino de Deus. O batismo nas águas admite a pessoa na igreja visível, terreal, local. Assim se procede universalmente.
4 – O que significa o batismo?
a- Cristo ao ser batizado no Jordão identificou-se com a humanidade.
b- O crente ao ser batizado identifica-se com Cristo. Essa identificação divide-se em três partes:
1- Na sua morte – Pelo ato de sermos descidos às águas do batismo, publicamente declaramos que Cristo morreu em nosso lugar. Condenamos, portanto a velha natureza, o velho “ego”. Rm 6. 3 – 6.6
2- No seu sepultamento – Como o crente se identifica com a morte de Jesus ao ser batizado, assim ele se une no sepultamento de Cristo ao ser momentaneamente sepultado nas águas. Assim como o cadáver pede sepultamento, convém sepultar (ou por fora de vista) o velho homem. Rm 6. 4
3- Na sua ressurreição – O ato de sair das águas batismais é o símbolo que Jesus escolheu para nos identificar com a sua gloriosa ressurreição. É um memorial perpétuo daquela esplêndida manhã, quando as barras da morte não puderam mais conter o Senhor Jesus. Rm 6. 4-6 – 8. 9 – Gl 3. 27
5 – A forma de batismo.
a- A forma deve ser a recomendada pela Bíblia – Mt 28. 19
b- Deste modo o batizado testifica que foi imerso em comunhão com Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo – II CO 13.13
c- É um grande privilégio um miserável pecador achar o perdão e identificação com a Santa Trindade. “A Graça do Senhor Jesus Cristo, o Amor de Deus e a Comunhão do Espírito Santo seja com todos vós”.
Nota 1 – Alguns têm achado difícil conciliar esta fórmula com atos 2.3 que diz: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus”. Em atos 8. 16 – 10. 48 – 19. 5 lemos também “em nome de Jesus”...
Baseando-se nesses versículos, surgiu nos Estados Unidos uma seita que rejeitou o batismo em nome da Trindade, rebatizando todos os seus adeptos em nome apenas de Jesus, chegando até a rejeitar e a negar a existência da Trindade. Toda dificuldade na interpretação desses versículos em conexão com a forma real de Mateus 28. 19 desaparece; quando nos lembramos que estes casos de atos não representam uma fórmula, mas uma expressão maravilhosa de evidente demonstração da autoridade de Jesus. Pelo batismo os crentes demonstram sua fé nele, reconhecendo sua autoridade e sua obra como Messias. É fora de discussão que nesses casos, a forma usada, foi a de Mateus 28. 19. Não há contradição alguma, simplesmente aceitamos o que está escrito, isto é, sob a autoridade de Jesus, recebemos o batismo em nome da Trindade. Calvino expressou-se de forma maravilhosa dizendo: “... sendo que por meio de Jesus temos a misericórdia do Pai com a graça do Espírito Santo, é muito justo que façamos dele (Jesus) o especial objeto no ponto de vista do batismo. Mas ao mesmo tempo isto não quer dizer que excluímos o nome do Pai e do Espírito Santo. Quando nos referimos de uma forma lacônica, mencionamos somente o nome de Jesus, mas se queremos falar mais minuciosamente, expressamente incluímos o nome do PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO...”
6 – Quem deve receber o batismo.
a- Todos que sinceramente confessaram o nome de Jesus como Salvador. At 22. 16 – 16. 33 – 10. 47-48
b- Os que já deixaram todo mundanismo – os que dão bons frutos pela vida nova em Jesus, deixando as coisas velhas como bailes, bebidas alcoólicas, jogos de azar e outros, vestes despudoradas, drogas, prostituição e outros afins.
Nota 2: Os que vivem amancebados (amigados). Aqueles que são casados apenas no clero, devem legalizar seu estado civil, casando-se de acordo com a lei, estando assim aptos para o ato solene do batismo nas águas.
7- Quem deve batizar (oficiar o batismo).
Aprendemos em nossas Igrejas, em reuniões de ministério e convencionais, que a responsabilidade de oficiar o ato batismal está a cargo dos Ministros (pastores e evangelistas) e de presbíteros quando estiverem ocupando a função pastoral.
Na Igreja primitiva, os apóstolos batizavam, conforme já citamos Paulo também realizou batismos e Filipe batizou ao Eunuco já na função de Evangelista e não mais com o diácono. Membros de Igrejas sem função Ministerial não devem realizar batismos.
8 – O modo do batismo – IMERSÃO – EFUSÃO – ASPERSÃO.
O costume universalmente no princípio era o de batizar aos crentes por imersão, sendo o corpo inteiro submerso na água. No século XIII com a mais extensa prática do batismo infantil, foi que o “batismo” por efusão ou aspersão encontrou bom ambiente para uma aceitação mais ou menos geral. O mais forte argumento a favor da efusão foi o de ser “mais conveniente”. Muitos achavam que a conveniência importava mais do que o mandamento do Senhor Jesus. A Igreja romana passou a adotar oficialmente a efusão, enquanto a Igreja ortodoxa conservou sempre a imersão. As maiores partes das Igrejas evangélicas que surgiram com a reforma de Lutero, conservam o batismo por aspersão. Temos, porém, muitas como Batistas, Assembléias de Deus, etc., que usam o modo CERTO, a IMERSÃO. Vamos considerar porque nós fazemos assim:
A PALAVRA “BATIZAR”.
BATIZAR e BATISMO são palavras de origem grega: “BAPTIZA” e “BAPISMA”. Segundo os melhores léxicos (dicionário grego), Thayer, Robinson, Wescott e outros, a palavra é um verbo que significa: submergir em, mergulhar, imergir num fluido. No grego clássico usava-se essa mesma palavra quando se falava a respeito de: Exemplos: (um navio que afundara... de algo atolado... de alguma coisa submersa). No Novo Testamento, usa-se a mesma palavra de lavar o corpo, jarros, vasos, copos, etc.. Marcos 7. 4 e Lucas 11. 38, e do rito de João Batista executar os batismos e Cristo, sedo usada (a palavra batismo) nas seguintes passagens do Novo Testamento: Mt 3. 6 – 11, 13, 14, 16; 28. 19; Mc 1. 4-5, 8-9; 16. 16; Lc 3. 7-12,21; 7. 29-30; Jo 1. 25-26, 28, 31, 33; 3. 22, 23, 26; 4. 1-2; 10. 40; At 1. 5; 2. 38, 41; 8. 12, 13, 16, 36, 38; 9. 18; 10. 47-48; 11. 16; 16. 15, 33; 18. 8; 19. 3.4, 5; 22. 16; Rm 6. 3-4; I Co 1. 13-17; 15. 29; Gl 3. 27.
Na versão Septuaginta (O Velho Testamento em grego), encontramos a palavra em II Rs 5. 14, onde Naamã mergulhou sete vezes no Jordão e em Isaías 21. 4 – compare-se com Sl 38. 4 -. Desta maneira a palavra grega “BAPTO” indica sempre submergir. No Novo Testamento é usada em João 13. 26 e Marcos 14. 20 (na ceia do Senhor o pão foi “Bapto”) em Lucas 16. 24 (onde o rico pediu que Lázaro molhasse – Bapto – em inglês e sueco traduzido “mergulhasse” a ponta de seu dedo) e em Apocalipse 19. 13 – Capas de Cristo imersas” – Bapto – no sangue.
A PALAVRA ASPERSÃO.
Consideremos que se o rito batismal fosse por “aspersão”, o Espírito Santo teria usado outra palavra grega – “rhantizo” (rhantos, rhaimo, rhantismo), que significa “aspergir e aspersão”. No Novo Testamento, nenhuma vez se usa em relação ao batismo nas águas esta última palavra, a qual, entretanto, é usada quando se fala de “aspersão” de sangue - Hb 9. 13, 19, 21; 12. 24; I Pe 1. 2 – comparado com I Jo 1. 7... quer o sangue de animais sacrificados sobre altares judaicos, quer o sangue de Jesus.
A PALAVRA EFUSÃO.
Se o batismo fosse por efusão, a palavra grega seria então “OKXEO” que significa: derramar, entregue a, entornar, efundir. Porém, não se usa essa palavra em conexão ao ato batismal e sim o seu uso limita-se ao derramamento de sangue, de dinheiro, de vinho, do Espírito Santo, de amor, de bênçãos, etc.. (Ap 16. 1-17 ; Jo 2. 15; Lc 11. 50; Rm 5.5; Hb 9. 12; Jd 11).
PARTE FINAL.
É aconselhável que moldemos nossas opiniões de acordo com a PALAVRA DE DEUS e não segundo os costumes de quem quer que seja, pois nem sempre concordam com a pura e perfeita vontade de Deus. Uma vez que temos a convicção, tenhamos também a coragem de levá-la à prática, evitando cair nos mesmos erros dos fariseus dos saduceus que se baseavam mais em tradições.
VEJA.
O catecismo da Ortodoxa Igreja Russa define o batismo como um sacramento no qual uma pessoa que crer é mergulhada na água, em nome da Trindade, morrendo para a vida carnal de pecado, nascendo de novo pelo Espírito Santo a uma vida nova e santa.
O padre Humberto Rhoden diz em sua tradução de Rm 6. 3: “Ignorais acaso, que todos nós, fomos submersos na água batismal em Cristo Jesus, fomos submersos em sua morte? Pelo que submersos no batismo da sua morte, fomos com ele sepultados”.
VEJA AINDA.
Existem muitos ainda dizendo que o batismo deve ser sempre efetuado num rio, pois Jesus foi batizado por João Batista no rio Jordão, e por esse motivo todos os seguidores de Jesus devem ser batizados em rios. Entendemos que aqueles que assim o fazem ou assim pregam, estão enganados, pois o batismo deve ser feito onde haja água. Em alguns locais ainda se realizam batismos nos rios, dada a conveniência que existe. Porém, em muitos outros que já alcançaram grande desenvolvimento, onde as águas dos rios são poluídas, isso não é possível, e os batismos são realizados em tanques construídos dentro dos templos, onde tudo é feito com decência e ordem.
CONCLUINDO.
Concluindo dizemos que o batismo nas águas, segundo a ordem de Jesus deve ser em nome do PAI e do FILHO e do ESPÍRITO SANTO, e lembramos que BATISMO, significa: IMERSÃO, MERGULHO. Que este nosso singelo estudo possa de alguma forma servir para despertar os novos convertidos a tomarem de modo certo o mais breve possível o passo glorioso de fé e testemunho, o BATISMO. Toda honra e toda gloria sejam dadas ao Senhor Jesus Cristo, eternamente.
Bibliografia:
Olson, N. Lawrence – “O que a Bíblia ensina sobre o batismo nas águas”.
Edição Revista e Atualizada da Bíblia.
Dicionário Bíblico
